SHIB, TON e DOGE sobem até 137% enquanto TVL em DeFi cresce 14% em março, aponta relatório da Binance


As altcoins Shiba Inu (SHIB), Toncoin (TON) e Dogecoin (DOGE) lideraram os ganhos entre as 10 principais criptomoedas em capitalização de mercado, cujo volume subiu 16% em março, mês em que o valor total bloqueado (TVL) em protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) cresceu 14% e as entradas líquidas em fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin (BTC) acumularam um volume de US$ 12 bilhões desde janeiro desse ano, segundo um relatório divulgado esta semana pela Binance Research, braço de pesquisas da exchange global de criptomoedas. 

Reprodução/Binance Research

Em relação a DeFi, entre as dez principais blockchains, Solana e Base se destacaram com aumentos de 94% e 143%, respectivamente. Fortemente impulsionado pela atual febre em torno das memecoins, o volume em exchanges descentralizadas (DEXs) em Solana atingiu um novo recorde de US$ 60 bilhões. Tendência semelhante foi vista no Base, que também registrou um novo recorde de US$ 7,82 bilhões em volume. Com a negociação de memecoins aquecendo, o potencial dessas moedas para impulsionar a adoção nessas redes tornou-se um assunto popular de discussão dentro da comunidade.

O relatório chamou a atenção para o fato de que o Bitcoin (BTC) atingiu uma máxima histórica, tocando US$ 73 mil duas vezes antes de experimentar uma forte retração, com o ponto mais baixo em US$ 60 mil. Em relação aos ETFs de BTC spot, o documento observou que os fluxos líquidos diários médios foram de US$ 98 milhões em janeiro, US$ 287 milhões em fevereiro e US$ 231 milhões em março, mês que registou dois dos dias de maior entrada até agora, com mais de US$ 1 bilhão e US$ 680 milhões de dólares em entradas, nos dias 12 e 13 de março.

De acordo com o documento, os volumes de negociação nas DEXs na rede Solana (SOL) aumentaram mais de 224% mês a mês (MoM), às vezes até ultrapassando a rede Ethereum (ETH) para se tornar a blockchain de maior volume em vários dias de março. O aumento significativo na atividade foi impulsionado pela crescente popularidade das memecoins em Solana, segundo a Binance.

Por outro lado, o levantamento da exchange lembrou ainda que a atualização Dencun da Ethereum foi lançada em 13 de março. A introdução do EIP-4844 (também conhecido como proto-danksharding) resultou em uma redução dramática nas taxas de transação na camada 2 (“L2s”). As taxas médias do gás L2 caíram até 96,8% pós-Dencun. 

O mercado  de tokens não fungíveis (NFTs) também manteve seu ritmo em março, com um aumento de 14,6% no volume total de vendas, para US$ 1,41 bilhão. As coleções NFT no Bitcoin, como Ordinals e NodeMonkes, viram um ganho significativo no volume de vendas, resultando em altas mensais de 170% e 140%, respectivamente. Estas foram as coleções de vendas de melhor desempenho do mês. Em contrapartida, o burburinho em torno da Pandora, a primeira coleção NFT usando o padrão ERC-404, diminuiu em março, com uma queda de 78% no volume de vendas da coleção. Em termos de volume de vendas NFT nas principais cadeias, o Bitcoin liderou (com vendas de US$ 514 milhões), seguido pelo Ethereum (US$ 489 milhões) e Solana (US$ 243 milhões). Todas as outras cadeias registraram volumes substancialmente mais baixos do que estes três primeiros.

Outro dado elencado pela Binance Research foi o aumento de rendimento através de pools de liquidez de stablecoins. Caso do MakerDAO aumentou a Taxa de Poupança Dai (DSR) de 5% para um máximo de 15%, amortecendo contra potenciais choques de demanda DAI. Após o aumento da taxa, os depósitos DAI cresceram para mais de US$ 1,6 bilhão, refletindo um aumento de 39,6% e revertendo grande parte do seu declínio anterior.

Na esteira do hype dos ETFs, os brasileiros aportaram R$ 49 milhões na última semana em fundos de investimento de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.



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