Ribus anuncia criação de fintech focada em tokenização de recebíveis e crowdfunding para o mercado imobiliário

A startup Ribus, plataforma brasileira de ativos do mundo real (RWA, na sigla em inglês), anunciou esta semana o lançamento da DexCap, um braço de fintech da empresa que será focado em tokenização de recebíveis (TRs) e crowdfunding para o mercado imobiliário, área de atuação da Ribus. 

De acordo com a empresa, que ingressou recentemente com um pedido de licença de crowdfunding junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a DexCap deve começar a operar ainda no segundo trimestre desse ano. 

A licença está prevista na Resolução CVM 88, que aborda sobre crowdfunding, e foi indicada em julho pela autoridade reguladora por meio do Ofício Circular CVM/SSE 06/23, que é complementar à outra Circular da CVM, de abril, quando a autarquia declarou que tokens de recebíveis e de renda fixa, os TRs, são valores mobiliários e precisam ser registrados. 

Isso porque a DexCap permitirá a candidatura de operações e empresas para captação de recursos, sujeitas a uma análise e aprovação rigorosas pelos executivos, nos moldes da licença de crowdfunding da CVM.

Qualificada como uma unidade de negócios da Ribu, a DexCap terá sua infraestrutura de pagamentos baseada em blockchain através da rede Polygon. A proposta da plataforma é proporcionar maior acesso à liquidez para os players do mercado imobiliário, incluindo imobiliárias, proprietários de imóveis alugados, corretores, incorporadores e detentores de recebíveis.

Bruno Faria, que atuou como COO da Ribus e agora assume como Founder e CEO da DexCap, explicou que “objetivo principal da DexCap é atender às demandas dos tokenistas da Ribus, que em grande número são pessoas envolvidas com o mercado imobiliário e empresários que precisam de uma solução para antecipar recebíveis e/ou acessar capital de maneira descomplicada, disruptiva e eficiente.”

“Criamos uma estrutura totalmente automatizada via blockchain, que reduz os custos operacionais e, consequentemente, traz maior retorno a todos os envolvidos, além da facilidade de investimento e operacionalização no dia a dia, incluindo opções como antecipação de corretagem e aluguéis em até 12 meses”, emendou.

Por usa vez, o sócio da Business Consulting da Hills Group, parceira da Ribus no lançamento, Thiago Sawada, frisou que a plataforma “estará em conformidade com auditorias.”  

“A segurança das informações se torna vital para investidores. A auditoria de TI assume um papel-chave, avaliando sistemas e controles internos das empresas. Durante a auditoria, processos de sistemas e controles internos são minuciosamente examinados para evitar fraudes e assegurar a conformidade com normas”, completou.

Na avaliação de Daniel Paiva, sócio do escritório  VDV e Paiva Gomes Advogados, outro parceiro da Ribus, “em observância ao Parecer de Orientação 40 da CVM e de acordo com os Ofícios Circulares CVM/SSE 4/23 e 6/23, o grupo Ribus decide envelopar sua estrutura de tokenização como uma plataforma de crowdfunding, evidenciando seu compromisso com a conformidade regulatória.”

Recentemente, a Ribus lançou um programa de recompensa de mais de R$ 1 milhão que incluiu o sorteio de imóvel de R$ 350 mil, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil. 



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