Quanto falta para o Bitcoin bater a sua máxima histórica em reais?


Com uma valorização acumulada de mais de 120% nos últimos seis meses, o Bitcoin (BTC) renovou sua máxima histórica em dólares em 14 de março, quando atingiu 73.750, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Em reais, no entanto, o Bitcoin chegou a “apenas” R$ 368.359 na ocasião, o que faz dele uma das únicas duas moedas do mundo cujo recorde de preço do BTC, registrado em novembro de 2021, ainda não foi quebrado.

A máxima histórica do par BTC/BRL foi registrada na madrugada de 10 de novembro de 2021, quando 1 BTC chegou a ser negociado por R$ 380.870. Ou seja, o BTC ficou a mais de R$ 12.000, ou cerca de 3,15%, de distância de registrar um novo recorde de preço em reais.

Gráfico BTC/BRL de março de 2021 a março de 2024. Fonte: Cointelegraph Brasil

A principal razão para esse estranho fenômeno é o fato de o real ter se valorizado em relação ao dólar no período. Em novembro de 2021, US$ 1 equivalia a cerca de R$ 5,50, enquanto em 14 de março, US$ 1 estava cotado a R$ 4,99, de acordo com dados do Google Finance.

Além do real brasileiro, o peso mexicano é a outra moeda fiduciária que permanece imune à renovação das máximas históricas do Bitcoin. Em 14 de março, a cotação do par BTC/MXN chegou a 1,23 milhão, ficando a 17,3% de registrar um novo recorde histórico.

Antes do dólar, tanto moedas consideradas fracas, como o peso argentino, a naira nigeriana e a lira turca, quanto moedas fortes, como o iene, a libra esterlina e o euro, registraram novas máximas históricas em seus pares com o BTC.

Quando o Bitcoin poderá quebrar sua máxima histórica em reais?

Após sofrer uma forte correção, que chegou a 17% na semana que se seguiu à renovação de sua máxima histórica em dólares, a ação de preço do Bitcoin parece ter retomado parcialmente o impulso de alta. No começo da noite de quarta-feira, 20 de março, o par BTC/USD era negociado em torno de US$ 68.000 no momento em que este artigo foi escrito, com uma alta intradiária de 6%.

Apesar disso, os analistas seguem divididos sobre os rumos da maior criptomoeda do mercado no curto prazo, e uma potencial quebra da máxima histórica do Bitcoin em reais no curto prazo parece improvável.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, a região em torno de US$ 64.000 configura-se como uma zona de suporte chave. Caso ela não se sustente, um retorno aos US$ 50.000 não foi descartado por Charles Edwards, fundador da Capriole Investments em uma postagem publicada no X.

Por outro lado, Arthur Driessen, analista brasileiro do canal Crypto Investidor, destacou no começo desta semana que o Bitcoin poderia desafiar os US$ 73.750 de sua máxima histórica ainda antes do halving:

“O Bitcoin ainda pode fazer um último movimento de alta buscando a região de US$ 76.000 a US$ 78.000 [+13,2%] onde se encontra sua Fibonacci de 1,618 de projeção do seu pivô de alta principal, aumentando assim sua divergência bearish entre o RSI e o preço no gráfico diário.”

Caso a previsão mais otimista de Driessen se concretize, o Bitcoin poderá finalmente quebrar a sua máxima histórica em reais, chegando a US$ 390.000. Para isso, no entanto, o dólar precisa se manter acima de R$ 5.

No momento em que este artigo foi escrito, o Bitcoin era negociado a US$ 336.000, de acordo com dados do Cointelegraph, a uma distância de 13,3% de seu recorde de preço atual em reais.



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