Nubank, Itaú e Banco do Brasil entram no topo da lista dos bancos mais amigáveis ao Bitcoin globalmente


Um relatório da Finery Markets, realizado em parceria com a Coincub.com, revelou que Nubank, Itaú e Banco do Brasil estão entre os principais bancos do mundo mais amigáveis as criptomoedas.

“No Brasil, São Paulo se destaca como um local central para provedores de criptomoedas, incluindo nomes de destaque como Banco do Brasil, NuBank e Itaú Unibanco, ilustrando a atuação da região ecossistema vibrante para serviços de criptomoeda”, destaca o estudo.

Os bancos citados tem diversas operações com criptomoedas. No caso do Nubank o banco tem um criptoativo próprio, criado na Polygon (a Nucoin), além de permitir a compra e venda de criptomoedas em seu app e também de fundos e ETFs cripto. Já no caso do Banco do Brasil, a instituição possui um fundo próprio de Bitcoin e cripto, além de permitir pagamentos com Bitcoin. 

No entanto, o Itaú é o caso mais emblemático do mercado, tendo amplamente ‘atacado’ o mercado de criptomoedas no passado, inclusive fechando contas de empresas e pessoas ligadas ao mercado de criptoativos, o banco mudou seu discurso no mercado de alta de 2020-21, e participou de ETFs e fundos cripto no Brasil, anunciou um investimento na Liqi, focadas em tokens RWA, lançou uma iniciativa de tokenização (Prova de conceito) e passou a defender o potencial dos criptoativos, inclusive com campanhas nas redes sociais.

Interessante notar que o estudo não cita o BTG Pactual, o primeiro banco nacional a aderir publicamente ao mercado de criptomoedas e a instituição com maior exposição ao mercado de criptoativos, administrando ETFs e fundos próprios de Bitcoin e cripto, uma exchange própria (Mynt), um token RWA próprio (ReitzBZ) e até mesmo operações de mineração de Bitcoin.

O relatório destaca que a América do Sul e Central está emergindo como um player significativo no setor bancário cripto, com 17 empresas que oferecem ativamente serviços bancários com suporte a criptomoedas na região.

A pesquisa aponta que este desenvolvimento destaca o status crescente da região como um centro chave para atividades de criptomoeda, estimulado pelas nações que adotam e regulamentando ativos digitais.

“O rápido aumento da adoção de criptomoedas na América Latina, incluindo Guatemala e México, é remodelando o cenário bancário e de pagamentos. As instituições financeiras tradicionais devem adaptar-se rapidamente para abraçar a inovação e enfrentar os desafios regulatórios para permanecer competitivo neste ecossistema em evolução” apontou no relatório, Victor Egoavil Cofundador e CEO da AgenteBtc.

Tokens RWA

Além de abordar o desenvolvimento dos bancos no mercado de criptomoedas, o relatório destaca o crescimento dos tokens RWA, citando o CEO da Blackrock, Larry Fink, que vê os ETFs Bitcoin apenas como um trampolim. Para ele a grande tendência são os tokens RWA.

“A tokenização está ganhando impulso e atraindo substanciais interesse entre as empresas financeiras recentemente. Desde o ano passado, muitas instituições financeiras estabelecidas adotaram a tokenização de ativos do mundo real, como ações, títulos, fundos de investimento, imóveis, mercadorias e liquidações de pagamentos”, destaca o relatório.

Gigantes financeiros tradicionais (como HSBC, UBS, Goldman Sachs, JPMorgan e BNY Mellon) já usam a blockchain para tokenizar vários ativos do mundo real com suas bases de clientes como compradores. Principais finanças potências como o banco UFJ estão explorando instrumentos financeiros tokenizados no blockchain, indicando aumentando a confiança nas redes descentralizadas.

“Vários governos em todo o mundo apoiam a iniciativa de tokenização. Eles abraçam reformas regulatórias para acomodar melhor a tokenização de ativos do mundo real. Na Ásia, Hong Kong e Tailândia as autoridades estão ativamente moldando as aplicações para ativos do mundo real, buscando diminuir custos e desbloquear novos fluxos de receita. Reguladores na Suíça, Japão e Reino Unido planejam testar a tokenização para gestão de ativos, câmbio e produtos de renda fixa”, destacou.

O relatório aponta que 2024 é um ano promissor, especialmente para ativos tokenizados. Os especialistas preveem que o valor dos ativos tokenizados deve atingir cerca de 16 biliões de dólares até 2030, ou cerca de 10% do PIB global.

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