O colapso da exchange FTX continua a causar sensação no mercado de reivindicações de falências. A Attestor Capital, uma das principais detentoras de reivindicações da FTX, entrou com uma ação judicial contra uma vendedora de reivindicações por descumprimento do contrato firmado de compra e venda.
A Attestor é um fundo de hedge com sede em Londres com foco em ativos problemáticos e private equity. A empresa se apresentou como uma das maiores compradoras dos ativos da massa falida da FTX, juntamente com a Silver Point Capital e a Diameter Capital Partners.
Em fevereiro, a Attestor era a maior compradora de reivindicações da FTX, tendo adquirodo pelo menos US$ 400 milhões em reivindicações, de acordo com os dados do Claims Market.
Depois de obter um lucro de 200% com suas reivindicações da FTX, a Attestor entrou com uma ação judicial contra a Lemma Technologies, vendedora de reivindicações da FTX, informou a Bloomberg em 18 de março.
De acordo com a Attestor, a Lemma concordou em vender os créditos da FTX para a empresa ao preço de US$ 58 milhões em junho de 2023. Agora, a empresa teria desistido do acordo em meio à alta dos preços das criptomoedas. O Bitcoin (BTC) subiu quase 130% desde o ano passado até o momento da redação deste artigo.
A Lemma, sediada no Panamá, acabou decidindo manter as reivindicações para si mesma, afirma a Attestor no processo, alegando que esse era um caso claro de “remorso do vendedor.”
De acordo com a Bloomberg, a Lemma não explicou publicamente a sua versão do caso e não apresentou uma defesa no âmbito do processo em Nova York.
A Lemma não vai “prosseguir com as transações ou honrar as confirmações de negociação”, disseram os advogados da Attestor no processo, “a menos que seja obrigada por força de lei a fazê-lo.”
O Cointelegraph entrou em contato com a Attestor e a Lemma para obter comentários sobre a ação judicial, mas ainda não havia recebido uma resposta até o momento da publicação deste artigo.
Enquanto a Lemma está enfrentando um novo processo em Nova York, um de seus principais funcionários também enfrentou problemas jurídicos na Coreia do Sul.
O principal investidor da Lemma, Junho Bang, é acusado de roubar ativos digitais da empresa de empréstimos de criptomoedas falida Haru Invest, e teria sido indiciado pelas autoridades sul-coreanas após ter sido preso em janeiro.
Conforme relatado anteriormente pelo Cointelegraph, a Haru Invest administrava uma plataforma de rendimento de criptomoedas, prometendo aos investidores retornos de 12% ao ano sobre depósitos de criptomoedas. A plataforma suspendeu abruptamente os saques em junho de 2023, citando problemas com parceiros de serviço.
Posteriormente, os promotores sul-coreanos prenderam o CEO da Haru Invest e dois outros executivos sob acusação de roubo de US$ 830 milhões de milhares de clientes.
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