Embora o preço do Bitcoin tenha recuado cerca de 20% desde sua máxima histórica antes do halving, segundo Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio, os investidores não devem se assustar, pois, assim como faz há mais de 15 anos, ele vai se recuperar.
“Se avaliarmos os 15 anos de história deste ativo digital, o Bitcoin sempre teve uma tendência geral de alta, a ponto de, a cada halving, o token sempre acrescentou outro dígito ao seu preço. Em 2012, após o ciclo, seu valor fechou em US$ 12, em 2016, em cerca de US$ 660, em 2020, em US$ 8.700 e, na última edição do evento, em abril deste ano, pouco mais de US$ 62.000”, disse destacando que tudo aponta que a história deve se repetir agora com o quarto halving realizado.
Segundo Serrano, como em qualquer mercado, o Bitcoin e as criptomoedas em geral estão sujeitos a ciclos. No entanto, esses ciclos englobam tanto momentos de tendência de alta (bullish), que despertam FOMO quanto por situações de baixa (bearish), gerando um sentimento chamado FUD.
“Assim quando o preço do Bitcoin sobe de forma constante por dias ou semanas, desencadeia um desejo de comprar Bitcoins ou se expor ao BTC de alguma forma; ao passo que, quando ele cai por vários dias ou de forma muito acentuada, muitos começam a duvidar da compra, pois têm medo do que pode acontecer. O preço móvel do Bitcoin põe em jogo as convicções de holders, traders e investidores”, destacou.
Indicador de alta indiscutível
Serrano aponta que ocasionalmente, esses dois sentimentos ou momentos podem ter períodos longos, ou curtos de diferença, como aconteceu este ano. Em 14 de março deste ano, o BTC atingiu uma nova máxima histórica de mais de US$ 73.700. Entretanto, o preço passou por uma lenta correção durante um mês e meio e, em 1º de maio, atingiu uma nova mínima de US$ 55 mil mais de 20% abaixo do novo ATH.
“Nos últimos dias, o preço do BTC continuou sob pressão, mas é sempre assim. Às vezes, tudo se acentua, entretanto, o valor do Bitcoin é um jogo de cabo de guerra constante para se chegar a um acordo: quantias com as quais compradores e vendedores ficam felizes em negociar.
Entretanto, mesmo valendo milhares de dólares a mais ou a menos, a cada ciclo que se inicia é interessante revisitar o seguinte: em sua história, o Bitcoin tem uma tendência macro de alta. Isso fica muito claro se observarmos o preço antes de cada halving – em cada uma delas, ele acrescenta mais um dígito. Esse indicador é indiscutível”, finaliza.
Reforçando a posição de Serrano, Ana de Mattos, Analista Técnica e Trader Parceira da Ripio, aponta que atualmente, o Bitcoin trabalha nas faixas de US$ 60.234 e US$ 63.290. O sentimento geral do mercado atual é que os preços estão estagnados e sem definição. Movimento esperado, principalmente vindo de um contexto pós Halving.
“No fechamento do primeiro trimestre, divulgamos uma análise gráfica que estudava sobre a possibilidade do Bitcoin formar uma consolidação, com o movimento lateralizado e “andando de lado”. Esse movimento é comum enquanto vendedores realizam lucros e trocam de lugar com os compradores, que estão se posicionando para a próxima onda de alta. Essas análises são fundamentadas em leitura gráfica e fluxo financeiro”, disse.
Segundo ela, após atingir a ATH de US$ 73.777 em março, o preço do Bitcoin iniciou um movimento corretivo, atingindo a mínima de US$ 56.552 no dia 01 de maio. A partir desse ponto, o fluxo comprador absorveu a queda, levando o preço do BTC de volta à faixa de US$ 65.500.
Assim, segundo ela, no curto prazo, caso o preço do Bitcoin não supere a resistência de US$ 62.836 e US$ 63.294, o ativo poderá retomar o movimento de baixa até o suporte de curto e médio prazo nas faixas de preços de US$ 59.450 e 58.490.
“Contudo, caso ocorra o rompimento da resistência com bastante força compradora, os próximos alvos estão nas regiões de liquidez dos US$ 66.890 e US$ 68.830”, finaliza.