A partir do dia 17, os futuros de Bitcoin (BTC) entrarão em vigor na Bolsa de Valores brasileira (B3), sendo necessário depositar na corretora uma margem mínima de R$ 100 por contrato.
A B3 explica que investidores que não tiverem suas posições zeradas até o final do pregão deverão depositar o equivalente a 50% do valor do contrato, que vence sempre na última sexta-feira do mês e será equivalente a 10% do valor da criptomoeda em reais, atualmente em aproximadamente R$ 350,000.
O contrato futuro determina uma data futura para a liquidação, considerando o preço do derivativo no presente. Nesse caso, ele utilizará o índice Nasdaq Bitcoin Reference Price (NQBTC) como referência.
Os contratos sofrem ajustes todos os dias em seu valor até a data de vencimento e, para o superintendente de Produtos de Juros e Moedas da B3, Felipe Gonçalves, esse lançamento atende uma demanda por um produto derivativo que permite a proteção da oscilação de preços da Bitcoin ou a exposição direcional ao ativo, mantendo a segurança de operar no ambiente da bolsa do Brasil.
Investimentos em futuros de Bitcoin também possuem pontos de atenção
A opinião é compartilhada por André Schierz, head da área de HFT e Investidores estrangeiros na Nova Futura Investimentos, que afirma que o novo modelo aumentará o interesse de pessoas que até então não operavam o Bitcoin.
Para ele, os pontos de atenção permanecem os de outros investimentos.
“A questão é alinhar a capacidade financeira com o risco que você está tomando, além de olhar para os custos de uma maneira atenta e inteligente”.
André ressalta a questão da alavancagem, pagando a diferença entre o preço pago e o vendido.
“No derivativo eu poderia começar vendendo o ativo, porque eu acredito que ele vai cair ao invés de subir, e aí eu vendo sem ter, essa é uma das diferenças”.
“Você também consegue ter uma exposição maior usando menos dinheiro”, complementa.
Outro ponto destacado é o trabalho realizado para obter liquidez e eficiência de preço, ou seja, para que os preços do futuro de Bitcoin na B3 sejam parecidos com o ativo real, com formadores de mercado atuando para refletir a movimentação do mercado.