Investing.com – O preço do bitcoin hoje, 29 de abril, rondava a faixa superior dos US$ 62.000, refletindo o persistente pessimismo do mercado com a perspectiva de manutenção de juros elevados nos Estados Unidos. Além disso, alterações nas regras de lastro pela DTCC trouxeram novos desafios para o setor cripto.
Às 11h50 de Brasília, o estava cotado a US$ 62.868,00, uma queda de 1,57% nas últimas 24 horas, depois de recuperar parte das perdas incorridas no início da manhã, quando chegou a testar a região dos US$ 62.300,00.
A Depository Trust & Clearing Corporation (DTCC), importante agente de compensação e liquidação de mercados financeiros privados, anunciou que deixará de alocar colateral (lastro) para fundos negociados em bolsa ou quaisquer outros fundos de investimento expostos ao Bitcoin e outras criptomoedas, com efeito a partir de 30 de abril. Essa mudança diminui o atrativo das criptomoedas, que são frequentemente usadas como principais veículos de especulação.
A decisão da companhia intensificou as perdas do Bitcoin, que já enfrentava uma semana desafiadora. O temor de taxas de juros elevadas por um período mais extenso nos EUA tem sido um dos principais fatores de pressão sobre o Bitcoin e o mercado cripto em geral, que tradicionalmente se beneficia de um ambiente de liquidez alta e taxas baixas.
O aumento inesperado no , indicador preferencial de inflação do Federal Reserve (Fed, banco central americano), adicionou mais pressão ao mercado. A persistência da inflação tem sido uma grande preocupação para o Fed, limitando sua capacidade de reduzir as taxas de juros. As leituras de inflação dos últimos três meses oferecem pouca confiança para futuros cortes nas taxas.
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Todos os olhares estão voltados para a próxima , que ocorrerá ainda esta semana, onde mais diretrizes sobre as taxas de juros são esperadas. Predomina a expectativa de que o Fed mantenha as taxas inalteradas, com possíveis cortes previstos apenas para setembro ou no último trimestre do ano.
As principais altcoins refletem as perdas do Bitcoin, mantendo o clima de cautela no mercado de cripto. O , a segunda maior criptomoeda, registrou uma queda de 3,4% para US$ 3.202,01, enquanto e perderam 3% e 4,5%, respectivamente.
A despeito dos avanços no setor de tecnologia, com resultados acima do esperado de gigantes como Microsoft Corporation (NASDAQ:) e Alphabet Inc (NASDAQ:), os preços das criptomoedas tiveram uma resposta tímida. Historicamente alinhadas às ações de tecnologia dos EUA, as criptomoedas recentemente mostraram uma correlação mais fraca, limitando os benefícios dos ganhos no setor tecnológico.
Em vez disso, um sentimento de aversão ao risco no setor de tecnologia tem desencadeado quedas mais acentuadas nas criptomoedas nas últimas sessões.
Bernstein atualiza perspectiva de preço para o bitcoin em 2024
Mesmo diante desse cenário, o Bernstein mantém uma visão otimista para o bitcoin, projetando que a cripto alcance US$ 150.000 até 2025, impulsionado pela robusta demanda por ETFs.
O banco também interpreta a atual fase de estagnação como uma pausa temporária, prevendo uma expansão na integração de ETFs de com plataformas bancárias privadas e assessores financeiros. O setor de mineração de , por sua vez, continua a exibir vitalidade, com os principais players ampliando sua participação de mercado.
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No cenário do , a segunda maior criptomoeda do mundo registrou um aumento de 42% desde o início do ano, embora ainda esteja um pouco atrás do . Desafios regulatórios persistem, particularmente com a possível rejeição pela SEC de um ETF de , devido a preocupações sobre a correlação entre os mercados à vista e futuros e a classificação de como um valor mobiliário.
No entanto, o Bernstein considera esses desafios como barreiras temporárias e prevê crescimento significativo para o , especialmente através de soluções de segunda camada, como Arbitrum, Optimism e .
No setor de staking de , Lido tem se destacado, oferecendo oportunidades promissoras de alta beta conforme o ecossistema cresce. A futura implementação da camada Eigen deve estimular ainda mais o desenvolvimento nessa área e fortalecer a economia de re-staking.
Paralelamente, se destaca como um concorrente robusto do , com um design de camada única integrada, custos de transação reduzidos e alta capacidade de processamento. A adoção crescente em transações de stablecoins e sua integração com gigantes dos pagamentos, como Visa (NYSE:) e Shopify (NYSE:), sublinha seu potencial em pagamentos convencionais e internacionais.
O Bernstein também realça a atração crescente pelas finanças descentralizadas (DeFi) e a tokenização de ativos reais, com investidores migrando das bolsas centralizadas para alternativas descentralizadas, como , GMX e , devido ao aumento do escrutínio regulatório.
A tokenização de ativos reais tem encontrado eco entre os investidores institucionais, com entidades como BlackRock (NYSE:) e Templeton lançando fundos de mercado monetário tokenizados, superando US$ 700 milhões em ativos. A tokenização de Títulos do Tesouro dos EUA já alcançou cerca de US$ 1,3 bilhão no mercado, com a plataforma de desempenhando um papel crucial nesta infraestrutura.
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Adicionalmente, a incorporação da Ronin Blockchain ao portfólio de Bernstein, como representante do setor de jogos baseados em cripto, destaca o jogo , que mantém uma base ativa de cerca de 3 milhões de usuários mensais.
O portfólio de Bernstein funciona como um índice de tokens para aqueles que buscam exposição direta ao mercado cripto, prevendo que o valor de mercado total triplique, alcançando US$ 7,5 trilhões nos próximos 18 a 24 meses. A empresa sugere que investidores de ações interessados no setor considerem empresas como Riot Blockchain (NASDAQ:), CleanSpark (NASDAQ:) e Robinhood Markets (NASDAQ:).
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