O Banco Central de Fiji (RBF) emitiu um aviso ao público contra o uso de criptomoedas para pagamento ou investimento. Isso representa uma reversão da posição percebida do primeiro-ministro de Fiji em relação às criptomoedas.
Os residentes de Fiji podem até enfrentar acusações criminais por investir em criptomoedas no exterior usando “fundos mantidos em Fiji”, acrescentou o comunicado. Aparentemente, o aviso foi motivado pela promoção de criptomoedas no país:
“O Governador do RBF, Sr. Ariff Ali, reconhece que há indícios de pessoas ou entidades promovendo esquemas de investimento em criptomoedas em Fiji. Esses esquemas de investimento estão sendo cada vez mais promovidos por meio de várias plataformas, incluindo mídias sociais.”
O RBF não licenciou nenhuma pessoa ou entidade para fornecer investimentos em criptomoedas ou negociar ativos virtuais, afirmou.
As esperanças eram altas para a adoção do Bitcoin (BTC) em Fiji depois que Sitiveni Rabuka, uma presença de longa data na cena política de Fiji, tornou-se primeiro-ministro em dezembro de 2022. Isso se deveu principalmente aos pronunciamentos do membro do parlamento e nobre tonganês Mata’i’ulua ‘i Fonuamotu, Lord Fusitu’a, que rotulou Rabuka como ‘pró-Bitcoin’ em um post no X (então Twitter) logo após a eleição de Rabuka. “Vamos fazer 2 de 2 – Projetos de Lei de Bitcoin como Moeda Legal para o Pacífico em 2023”, postou Fusitu’a.
Lord Fusitu’a prosseguiu explicando que Rabuka “pediu para me encontrar com ele várias vezes e mostrar passo a passo como Fiji pode implementar o Bitcoin como moeda legal, assim como Tonga.” Um comentário na postagem de Fusitu’a observou que Rabuka não havia feito nenhuma declaração pública sobre o uso do Bitcoin. “Eu não acho que ele tenha sido questionado sobre isso”, respondeu Lord Fusitu’a.
Lord Fusitu’a foi um defensor expressivo da introdução do Bitcoin em 2022, chegando ao ponto de converter o tesouro nacional para a criptomoeda. Essas medidas ainda não foram implementadas no país.
A nova declaração do RBF está alinhada com o conselho do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre criptomoedas. O FMI lançou um documento sobre o uso de dinheiro digital em países isolados do Pacífico em fevereiro, no qual chamou as criptomoedas de “substitutos fracos para meios de pagamento e carregam riscos macroeconômicos adicionais”.