Analista que acertou alta do BTC destaca que Bitcoin permanece fraco e pode cair para US$ 56 mil


O Bitcoin começou a semana em queda, sinalizando que os touros estão enfraquecidos no curto prazo. Segundo o analista, Slobodan Drvenica, da Windsor Corretores, a extensão da perna de baixa de US$ 67.264 (topo inferior de 23 de abril), traz em foco os principais suportes na zona de US$ 60 mil.

Drvenica foi certeiro ao prever o topo do BTC, pouco acima de US$ 73 mil e agora destaca que um conjunto de suportes fortes entre US$ 60.700 (base diária de nuvens), US$ 60.340 (Fibo 38,2% de US$ 38.501/US$ 73.839) e US$ 60.000 (psicológico) cria um ponto de interrupção, cuja perda geraria um sinal de reversão e desencadearia uma correção mais profunda da tendência de alta de 38501/73839, com Zona 56000 (retração de 50%) marcando o próximo alvo.

“Os estudos técnicos no gráfico diário estão enfraquecendo, já que o momentum de 14 dias retornou ao território negativo e o MA 20/10/55 está em configuração de baixa. No entanto, as condições de sobrevenda podem aumentar os ventos contrários esperados na forte zona de suporte de US$ 60.000. Os mercados concentram-se na decisão da taxa da Fed e nos dados laborais dos EUA, como eventos económicos chave esta semana, que deverão fornecer novos sinais de direção”, disse.

Ele aponta que a falha repetida em quebrar claramente os suportes de US$ 60 mil manteria a ação em um alcance estendido, mas com maior risco de queda enquanto estiver sob DMAs 10/20 convergentes (zona de US$ 64.500).

“Apenas uma quebra sustentada acima de 55DMA (US$ 66.920) afastaria os ursos.
Resistência: US$ 64.000; US$ 64.500; US$ 65.950; US$ 66.920
Suporte: US$ 61.000; US$ 60.700; US$ 60.340; US$ 60.000″ finaliza.

Tendência de baixa

Beto Fernandes, analista da Foxbit, também destaca a tendência de baixa do Bitcoin, destacando que a criptomoeda caminha para sua quarta queda diária seguida, ao mesmo tempo em que deve fechar abril com perdas na casa dos 10%.

Apesar de ser frustrante, ainda mais por este ter sido o mês do halving, a correção é bastante natural para o período. Afinal, a criptomoeda registrou simplesmente sete meses consecutivos de ganhos, abraçando uma valorização de quase 175% neste período. Ou seja, a alta especulação e a necessidade de realização de lucros pressionaram bastante o ativo para baixo”, disse.

Fernandes afirma que não só o Bitcoin, mas o mercado como um todo está mais instável este mês. Afinal, muitas das expectativas dos investidores foram afetadas recentemente, como o corte de juros nos Estados Unidos, que há grandes chances de acontecer apenas no segundo semestre, ainda mais depois de falas de Jerome Powell e outros representantes do FED. 

Além disso, tivemos as tensões geopolíticas no Oriente Médio, que aumentaram a preocupação com a inflação global – por conta do possível aumento de preços do petróleo –, assim como a manutenção da política monetária mais restritiva nas principais economias do mundo.

“Em meio a este cenário de tanta incerteza, o Bitcoin, claro, também enfrentou suas oscilações de preços. Internamente, a criptomoeda acabou de passar pelo seu halving, o que aumentou consideravelmente a pressão de vendas nas semanas pré-evento”, disse.

Ele também destaca que como os mineradores veriam uma queda pela metade de seus “pagamentos”, era e ainda será preciso vender BTCs para organizar as finanças até que o choque entre oferta e demanda, de fato, aconteça. Então, até lá, esse grupo, que detém um grande volume da criptomoeda, vai precisar equilibrar suas contas.

Ao mesmo tempo, os ETFs spot deram uma derrapada, mostrando o momento mais cauteloso do mercado. Os fluxos caíram, enquanto alguns investidores aproveitavam o período para retirar suas posições do fundo da Grayscale, considerado caro em comparação com os produtos da BlackRock. Essas saídas também acompanharam um desempenho ruim do mercado acionário norte-americano, principalmente ações voltadas à tecnologia.

“A falta de força para um rompimento de preços mais abrupto segue ainda com a baixa taxa de financiamento no mercado de derivativos. Se por um lado isso evita liquidações em cadeia e movimentações menos agressivas de preços, por outro, mostra que há pouca alavancagem, e o apetite mais intenso pela criptomoeda ainda está em construção diante desses fundamentos. Em contrapartida, a queda de preços mais controlada sugere que há um grande volume de investidores posicionados para compra na região dos US$ 60 mil”, disse.

Altcoins sinalizam alta

Ana de Mattos, Analista Técnica e Trader Parceira da Ripio, também avaliou que há chances de uma queda abaixo de US$ 60 mil para o BTC. Ela aponta que após o Bitcoin atingir a máxima de US$ 67.232 no dia 22/04, o preço iniciou um movimento de baixa, fazendo com que o preço da principal criptomoeda do mercado atingisse a mínima, até o momento dessa publicação, de US$ 61.923, ou seja, uma desvalorização de -7.90%. 

“Se houver continuidade da queda, as regiões de liquidez que servirão como pontos de suporte de curto e médio prazo, estão nas faixas de preços de US$ 59.647 e US$ 57.200. No entanto, caso entre fluxo comprador revertendo o movimento, as resistências de curto e médio prazo estão nas faixas de preços de US$ 63.488 e US$ 66.520”, disse.

Sobre o Ethereum, Ana destaca que o ativo está trabalhando dentro de um range entre as faixas de preços de US$ 2.943 e US$ 3.313 desde o dia 13/04. Assim, segundo ela, se houver rompimento do range para cima com bastante fluxo comprador, as resistências de curto e médio prazo estão nas regiões de liquidez dos US$ 3.650 e US$ 3.780.

“Mas, caso ocorra o rompimento do range para baixo, haverá suporte nas áreas de valor dos US$ 3.060 e US$ 2.600”, disse.

Fechando a análise, a trader revela que o destaque da semana vai para a Hbar, que entre os dias 13/04 a 24/04, teve uma valorização de 171.16%. Essa valorização fez com o que o token saísse de US$ 0.0670 e atingisse a máxima de US$ 0.1817.

“Se houver continuidade da alta, as resistências de curto e médio prazo estão nas faixas de preços de US$ 0.2028 e US$ 0.2529. Caso ocorra correção de toda a alta que ocorreu nos últimos dias, os suportes da Hbar estão nas faixas de preços de US$ 0.0924 e US$ 0.0737”, finalizou.

HBAR em tendência de alta



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