O Tribunal Superior de Podgorica, em Montenegro, decidiu que o cofundador da Terraform Labs e ex-CEO Do Kwon deve ser extraditado para sua terra natal, a Coreia do Sul, em vez dos Estados Unidos, de acordo com vários relatórios da mídia. A decisão ainda está sujeita a recurso.
Um tribunal de apelação anulou a decisão anterior do Tribunal Superior de extraditar Kwon para os Estados Unidos em 5 de março, citando “violações significativas das disposições do procedimento criminal”.
A Coreia do Sul apresentou um pedido de extradição em março de 2023, que inicialmente foi recusado em favor do pedido dos Estados Unidos apresentado dois dias antes. Kwon tem sido mantido na prisão em Montenegro desde sua prisão no aeroporto de Podgorica, onde tentava viajar para Dubai usando um passaporte da Costa Rica supostamente falso.
O Wall Street Journal relatou que as autoridades montenegrinas foram alertadas sobre a presença de Kwon no país por um informante no dia anterior ao seu voo planejado.
De acordo com o WSJ, Kwon havia expressado preferência por ser extraditado para a Coreia do Sul, dizendo que gostaria de estar mais perto de sua família. Seus advogados questionaram a validade do tratado que permitiria a extradição de Kwon para os Estados Unidos. Kwon supostamente enfrenta uma pena de prisão de 40 anos na Coreia do Sul.
Os advogados de Kwon haviam solicitado que seu julgamento nos Estados Unidos fosse adiado até depois de sua extradição para aquele país. A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) juntou-se a esse pedido, pedindo que o julgamento nos EUA fosse adiado até pelo menos 18 de março. A SEC está acusando tanto a Terraform Labs quanto Kwon em sua queixa.
O diretor financeiro da Terraform Labs, Han Chang-joon, que foi preso com Kwon no aeroporto, foi extraditado para a Coreia do Sul em fevereiro.
A Terraform Labs entrou com pedido de falência do Capítulo 11 nos Estados Unidos em 21 de janeiro. A emissora da stablecoin Terra e do token de governança LUNA colapsou em maio de 2022. Kwon não foi visto após o colapso até sua prisão em Montenegro, embora ele mantivesse presença nas redes sociais, com mais de um milhão de seguidores no X (antes Twitter).
Kwon e Han supostamente viveram na Sérvia após deixarem a Coreia do Sul e abriram uma empresa de consultoria, apesar de um aviso vermelho da Interpol emitido para Kwon.
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