touros falham novamente e Bitcoin despenca 5% com ursos destruindo esperança de alta


A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta terça-feira, 16/04/204, em R$ 329.261,89. Os touros não conseguiram manter o preço do Bitcoin em alta com as tensões entre Israel e Irã e, com isso, os touros aproveitaram a brecha e baixaram o valor do BTC em mais 5% eliminando a pequena recuperação ao longo do dia anterior.

“Quando se iniciou uma crise de saúde pública mundial, em 2020, nem os títulos de dívida emitidos pelo governo americano ficaram ilesos. Em cenários de caos, a economia inevitavelmente sofre consequências. Porém, o Bitcoin, frente a uma política própria que configura emissão programada, tende a se adaptar melhor e mais rápido aos desafios”, disse Fabrício Tota, Diretor de Novos Negócios do MB (Mercado Bitcoin).

Frente ao halving do Bitcoin, previsto para sexta-feira (19), a expectativa se mantém: “O mecanismo do halving muda uma das variáveis na equação do Bitcoin – a oferta. Assim, se a demanda se mantém ou aumenta (como foi visto em ciclos passados), o natural é que exista uma valorização. É nessa subida que acreditamos”, finaliza Tota.

Beto Fernandes, analista da Foxbit destaca que a falta de força do Bitcoin segue acompanhando o mal estar dentro do mercado financeiro após os conflitos no Oriente Médio. Apesar de o Irã ter oficializado o fim dos ataques, Israel dá sinais de que deve revidar. Isso mantém a grande dose de incerteza sobre as consequências da tensão.

“Por isso, não só o Bitcoin, mas as bolsas de valores norte-americanas e brasileira caem em sua grande maioria, principalmente as ações voltadas à tecnologia. Enquanto isso, o ouro e índice dólar avançam, em um momento de busca natural por refúgio e ativos menos voláteis”, disse.

Segundo ele, se unirmos o momento de tensão geopolítico à aproximação do halving do Bitcoin, também vamos observar uma redistribuição da criptomoeda, em que carteiras que detém BTC a longo prazo estão vendendo parte de suas posições, ao mesmo tempo em que novos investidores estão tentando abraçar esta demanda.

Uma análise da Bitfinex compartilhada com o Cointelegraph destaca que o halving colocou os mercados de Bitcoin em uma encruzilhada: depois que o maior evento de liquidação em dois dias na história do token empurrou os preços para baixo acentuadamente no fim de semana, os indicadores, incluindo as taxas de financiamento, se estabilizaram, sugerindo que a atenção dos traders se voltou para o evento.

“A atual dinâmica do mercado indica que os detentores de longo prazo têm vendido algumas das suas participações, que foram absorvidas por novos compradores de curto prazo. Ainda assim, as participações de Bitcoin nas exchangs por investidores de longo prazo caíram para os níveis mais baixos em 18 meses”, disse.

A análise aponta que isto parece ser indicativo que os Detentores de Longo Prazo (LTH) continuam a reduzir as suas participações ou a transferir os seus ativos para fora da exchanges.

“Certamente houve uma mudança observável na composição da base de investidores de Bitcoin, com novos participantes (Detentores de Curto Prazo) absorvendo a oferta vendida pelos LTHs. Isto é evidenciado pelo aumento do rácio Valor de Mercado/Valor Realizado para STHs, embora ainda esteja abaixo dos níveis máximos observados em ciclos anteriores. Se esta dinâmica de STHs absorvendo as vendas de LTH persistir, então isso poderá indicar espaço para um maior crescimento dos preços”, finaliza.

Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, destaca que graficamente, o preço do Bitcoin, apesar da queda, ainda continua trabalhando dentro do range de preços de US$ 60.699 e US$ 72.030 que vem sendo respeitado desde 03/03.

“Caso ocorra rompimento do range para baixo, o próximo suporte está na faixa de preço de US$ 57.200, onde há uma alta concentração de volume comprador. Para que o preço do Bitcoin retome a alta, é preciso que a resistência dos US$ 72.030 seja superada, e caso esse movimento se confirme, haverá liquidez nos US$ 73.777 e US$ 75.498”, disse.

Já sobre o Ethereum ela aponta que ao atingir a mínima de US$ 2.852, o preço do ETH testou uma região de liquidez compradora, fazendo com que o preço retomasse a alta. No momento desta publicação, o preço do Ethereum está sendo cotado a US$ 3.250.

“Se houver continuidade da alta, as resistências de curto e médio prazo estão nas faixas de preços de US$ 3.650 e US$ 3.780. Mas, caso entre fluxo vendedor revertendo o movimento, as áreas de valor dos US$ 2.852 e US$ 2.600 servirão como suporte”, destaca.

Sobre o Pendle, Ana afirma que apesar da queda nos preços de todo o mercado cripto no último sábado, 13/04, o preço da criptomoeda teve uma queda mais branda, se comparada às demais altcoins.

“O token atingiu a mínima de US$ 4.90, e hoje está sendo cotado por US$ 6.85, ou seja, uma valorização de mais de 40%. Se houver continuidade da alta, utilizando a expansão de Fibo, é possível projetar que as resistências de curto e médio prazo estão nas faixas de preços de US$ 7.33 e US$ 8.08. Os suportes estão nas regiões de liquidez dos US$ 5.56 e US$ 4.11”, finaliza.

Portanto, o preço do Bitcoin em 16 de abril de 2024 é de R$ 329.261,89. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0030 BTC e R$ 1 compram 0,0000030 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 16 de abril de 2024, são: Core (CORE), OKB (OKB) e Zebec Protocol (ZBC) com altas de 27%, 7% e 6% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 16 de abril de 2024, são: Nervos Network (CKB), dogwifhat (WIF) e Bonk (BONK), com quedas de -19%, -15% e -14% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoins podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente – cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado “corrente de blocos” (block – bloco, chain – corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.



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