IPCA de agosto, inflação oficial do Brasil, deve registrar desaceleração acentuada (Imagem: Canva Pro)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto — que será divulgado na terça-feira, às 9h — deve registrar uma desaceleração acentuada em comparação com a leitura de julho.
A expectativa do mercado é de que a inflação suba 0,01%, após alta de 0,38% no mês anterior. No acumulado de 12 meses até agosto, é esperado que o índice avance 4,30% — ante os 4,50% anteriores.
A estrategista da Warren Investimentos, Andréa Angelo, diz que a desaceleração será puxada pelo grupo de transportes, que deve passar de 1,82% para 0,14%. “O movimento da gasolina e passagem aérea justificam -0,34 ponto percentual (p.p.) do alívio entre esses meses”, diz.
Além disso, a energia elétrica deve ajudar na variação mais baixa, com a contabilização da bandeira verde.
Por outro lado, a alimentação no domicílio pode mostrar deflação de 0,95%, menor que apresentado em julho (-1,51%). “Ao longo do mês vimos preços das carnes acelerando consideravelmente”, afirma.
“A nossa projeção do IPCA de 2024 está em 4,5% e 4,20% 2025”, ressalta.
Núcleo do IPCA deve mostrar pouca novidade
A estrategista da Warren afirma que, em relação à composição qualitativa, a média dos principais núcleos deverá mostrar pouca novidade do que foi visto no IPCA-15 de agosto, quando desacelerou para 0,31%. Já em relação ao IPCA de julho, o número pode mostrar uma descompressão mais forte.
Assim como o grupo de serviços subjacentes, que deve apresentar variação de 0,39%, igual à prévia da inflação e menor do que a inflação cheia de julho de 0,63%, respectivamente.
“Os itens que justificam este movimento foram conhecidos na prévia de agosto, após a alta intensa em julho: seguro de automóvel e serviço bancário. Já o grupo intensivo em trabalho, deverá girar em torno 0,28% pouco abaixo que em julho”, diz.