Fique por dentro das principais notícias do mercado desta terça-feira Por Investing.com


Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo

Investing.com – Os futuros das ações americanas operavam perto da estabilidade nesta terça-feira, 10, enquanto os investidores aguardam os principais dados de inflação dos EUA, previstos para o final da semana e buscam entender os próximos passos da política monetária do .

No cenário corporativo, a Apple anuncia seu mais novo iPhone com melhorias em inteligência artificial, e os lucros do primeiro trimestre da Oracle superaram as expectativas, estimulando as ações da companhia de nuvem antes da abertura do mercado.

No Brasil, espera-se uma desaceleração da inflação oficial.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

1. Futuros americanos perto da estabilidade

Os futuros das ações dos EUA mostraram pouca variação na terça-feira, indicando uma possível reversão dos avanços de Wall Street na sessão anterior, enquanto os investidores aguardam o próximo relatório de inflação e eventuais cortes nas pelo Federal Reserve.

Às 7h57, horário de Brasília, os contratos futuros do e do S&P 500 estavam quase estáveis, enquanto os do 100 recuavam 0,2%.

Na segunda-feira, os principais índices subiram, com os investidores procurando oportunidades após uma queda na semana passada, parcialmente motivada por um relatório de emprego de agosto abaixo do esperado e por dados fracos do setor industrial.

O mercado está tentando prever o futuro da política monetária do Fed após esses indicadores, com um corte nas taxas de empréstimo na próxima reunião do banco central, nos dias 17 e 18 de setembro, agora visto como quase certo. Contudo, permanece incerto se haverá uma redução de 25 ou 50 pontos-base. Espera-se mais clareza na quarta-feira, quando o mais recente índice de preços ao consumidor dos EUA, um indicador chave da inflação, for publicado.

No campo das ações individuais, os papéis da Boeing (NYSE:) tiveram alta após a empresa alcançar um acordo trabalhista preliminar com seu principal sindicato, enquanto as ações da Palantir (NYSE:) e da Dell (NYSE:) Technologies avançaram após o anúncio de que ambas serão incluídas no índice S&P 500 em 23 de setembro.

VEJA: Cotações das ações americanas no pré-mercado

2. Apple revela iPhone 16 com IA; Oracle supera as previsões trimestrais

As ações da Apple (NASDAQ:) permaneceram praticamente inalteradas no pregão de horário estendido, depois que a gigante da tecnologia revelou as últimas iterações de seu iPhone carro-chefe na segunda-feira, com analistas afirmando que os novos recursos alimentados por inteligência artificial não apresentaram grandes surpresas.

O grupo sediado em Cupertino anunciou uma série de aprimoramentos em seu iPhone 16, incluindo melhorias em seu assistente de voz Siri e uma série de personalizações de câmeras inteligentes voltadas para a edição de vídeo profissional.

Os analistas disseram que os novos iPhones e os recursos de IA estavam em grande parte alinhados com as expectativas estabelecidas pela revelação anterior da Apple de seus planos para um impulso na IA, chamado “Apple Intelligence”. Mas alguns analistas alertaram que os novos recursos serão lançados gradualmente, possivelmente desencorajando compradores imediatos, especialmente em meio à forte concorrência de rivais como a Samsung (KS:) e a Huawei.

A Apple está apostando no iPhone 16, que deve ser colocado à venda em 20 de setembro, com pré-encomendas disponíveis nesta sexta-feira, para ajudar a revigorar as vendas do dispositivo.

As ações da Oracle (NYSE:) subiram acentuadamente nas negociações após o expediente, depois que o grupo divulgou resultados do primeiro trimestre fiscal melhores do que o esperado, impulsionados pela forte demanda por seus negócios em nuvem.

A empresa de serviços em nuvem sediada no Texas também disse que assinou uma parceria com a Amazon (NASDAQ:) Web Services que permitirá que os clientes acessem o Oracle Autonomous Database e o Oracle Exadata Database Service na AWS.

A Oracle registrou lucro ajustado por ação (EPS) de US$ 1,39 sobre uma receita de US$ 13,3 bilhões nos três meses encerrados em 31 de agosto. Os analistas consultados pela Investing.com previram um lucro por ação de US$ 1,33 sobre uma receita de US$ 13,23 bilhões.

O total de obrigações de desempenho restantes, uma medida importante da receita contabilizada, foi de US$ 99 bilhões, um aumento de 53% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Para o segundo trimestre, a empresa projetou um crescimento de receita de 8% a 10%, superando as estimativas dos analistas de 8,72% no ponto médio, de acordo com dados da LSEG citados pela Reuters.

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3. Exportações chinesas crescem mais do que o esperado em agosto

As exportações da China aumentaram mais do que o previsto em agosto, o que pode indicar que as empresas estão aumentando os pedidos antes das tarifas esperadas de vários parceiros comerciais.

As remessas externas do país cresceram 8,7% em relação ao ano anterior, acima das expectativas de 6,5% e acelerando em relação ao aumento de 7% registrado em julho, de acordo com dados do governo. Essa foi a taxa mais rápida desde março de 2023.

No entanto, as importações aumentaram 0,5%, perdendo as estimativas de 2% e desacelerando em relação aos 7,2% de julho, sugerindo que a demanda doméstica continua lenta na segunda maior economia do mundo.

Os números sugerem que as empresas podem estar tentando fechar pedidos antecipadamente devido a sinais de que a China pode estar enfrentando um aumento nas tarifas externas. Os analistas da Capital Economics disseram em uma nota que as exportações “provavelmente permanecerão fortes nos próximos meses”, já que “mais barreiras contra os produtos chineses estão sendo erguidas”.

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4. Petróleo cai

Os preços do caíram um pouco no comércio europeu na terça-feira, já que as preocupações com a fraca demanda doméstica na China superaram o possível impacto da tempestade tropical Francine na produção de petróleo dos EUA.

Os contratos futuros do petróleo bruto com vencimento em novembro caíram 0,93%, para US$ 71,17 por barril, enquanto os contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) caíram 1,08%, para US$ 67,97 por barril. Ambos os índices de referência fecharam em alta na segunda-feira.

Várias empresas petrolíferas, incluindo a Exxon Mobil (NYSE:), a Shell (LON:) e a Chevron (NYSE:), estão interrompendo as atividades de produção e refino no Golfo do México devido à tempestade tropical Francine. Espera-se que a tempestade se fortaleça nos próximos dias, de acordo com o National Hurricane Center.

Mas o sentimento foi abalado por uma série de leituras econômicas fracas da China, que aumentaram os temores sobre o crescimento morno do principal importador de petróleo do mundo.

IPCA: Inflação tende a rondar estabilidade em agosto e pode até ser negativa

5. IPCA no Brasil deve desacelerar

Os investidores aguardam dados oficiais da inflação, com a expectativa de que o pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tenha ficado praticamente estável em agosto ou até registrado deflação.

O consenso indica alta de apenas 0,01%, após 0,38% na leitura anterior. Dessa forma, o índice em doze meses passaria de 4,50% para 4,30%.

A Warren espera uma variação mensal de 0,01%, conforme consenso. Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos, entende que o grupo transportes terá forte desaceleração, enquanto a alimentação em casa deverá mostrar deflação, mas menor do que a registrada em julho.

“Além disso, energia elétrica também ajuda na variação de agosto mais baixa com a contabilização da bandeira verde”, destaca a especialista da Warren em nota ao mercado.

Os economistas consultados pelo Banco Central continuaram a subir as expectativas de inflação deste ano, passando a projeção 4,26% para 4,30%. O centro da meta é de 3%, com 1,5 ponto percentual de limite.

Às 7h58 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:) subia 0,37% no pré-mercado.





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