Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
Investing.com – Os futuros das ações norte-americanas apontam para cima em direção ao último pregão da semana, com os lucros da Alphabet, proprietária do Google, e da Microsoft, titã de software, em foco. Os investidores também estão se preparando para a divulgação de um novo indicador da inflação dos EUA no final do dia, o que pode influenciar as deliberações de política monetária do Federal Reserve. No Brasil, Petrobras decide pagar dividendos extraordinários.
CONFIRA: Calendário econômico do Investing.com
1. Ações da Alphabet e da Microsoft saltam
As ações da Alphabet(NASDAQ:), por sua vez, subiram nas negociações do horário estendido, depois que a empresa controladora do Google divulgou uma receita melhor do que a prevista para o primeiro trimestre e revelou um dividendo inédito de 20 centavos por ação.
A receita da gigante das buscas com sede na Califórnia aumentou para US$ 80,5 bilhões durante o período de três meses, acima dos US$ 69,8 bilhões de um ano atrás e acima das projeções de Wall Street de US$78,7 bilhões, graças, em parte, ao aumento da demanda por serviços de IA em sua plataforma de computação em nuvem Azure. O lucro por ação de US$ 1,89 superou as estimativas de consenso de US$ 1,51.
A margem operacional também melhorou de 25% para 32%, acima das expectativas, um desenvolvimento aplaudido pelos analistas como um sinal de que a Alphabet está se movendo para controlar os custos, apesar do plano da empresa de gastar mais no desenvolvimento de seus recursos de IA.
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A tecnologia incipiente também reforçou a divisão de nuvem da Microsoft, concorrente da Alphabet. O grupo sediado em Seattle, que adquiriu uma participação inicial na corrida do ouro da IA por meio de um investimento de US$ 13 bilhões na OpenAI, fabricante do ChatGPT, posteriormente também registrou receita e rendimento superiores às estimativas, fazendo com que as ações entrassem no verde após o sino de fechamento.
A diretora financeira da Microsoft (NASDAQ:), Amy Hood, também disse que as despesas de capital aumentariam “materialmente” para ajudar a atender à demanda por suas ofertas de IA generativa.
ACOMPANHE: Cotações das ações americanas
3. Os lucros da Snap superaram as estimativas, fazendo com que as ações subissem acentuadamente
As ações da Snap dispararam nas negociações após o expediente, impulsionadas pela receita trimestral e pelos números de dados de usuários que ficaram acima das expectativas.
O grupo de mídia social com sede em Los Angeles revelou uma receita trimestral de US$ 1,2 bilhão para os primeiros três meses do ano, um aumento de 21% em relação ao período correspondente em 2023, em grande parte devido a melhorias em seus serviços de publicidade. Os analistas previam uma receita de US$ 1,12 bilhão.
Os usuários ativos diários em seu aplicativo Snapchat também aumentaram para 422 milhões, acima das projeções de 419,6 milhões.
A Snap, que estava sob forte escrutínio após os resultados decepcionantes da Meta no início da semana, também anunciou uma orientação para o trimestre atual de receita entre US$ 1,23 bilhão e US$ 1,26 bilhão. Os analistas tinham visto a previsão em US$ 1,22 bilhão.
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Os futuros de ações em Nova York subiram um pouco na sexta-feira, com os investidores digerindo os lucros das principais empresas de tecnologia e aguardando a divulgação dos principais dados de inflação dos EUA.
Às 8h04 (de Brasília), o contrato havia acrescentado 0,14%, o ganhava 0,74%, e o subia 1,02%.
Os principais índices de Wall Street terminaram em baixa na sessão anterior, prejudicados por uma leitura inesperadamente fraca do crescimento econômico dos EUA no primeiro trimestre. Os números, juntamente com sinais de inflação persistentemente rígida, diminuíram as esperanças de que o Federal Reserve possa em breve começar a reduzir as taxas de juros ainda este ano.
Os resultados da Meta Platforms (NASDAQ:), proprietária do Facebook, também prejudicaram o sentimento, pois sinalizaram que as receitas futuras poderão ser afetadas pela aceleração dos gastos com suas ambições de inteligência artificial. As ações da empresa caíram mais de 10% na quinta-feira, arrastando para baixo as ações do setor de comunicações em particular. Outros segmentos, incluindo saúde, bens de consumo básicos e imóveis, também caíram.
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3. Dados de PCE à frente
Os economistas estão prevendo uma leitura mista do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) de março, um indicador da inflação dos EUA que pode influenciar a forma como o Federal Reserve aborda possíveis reduções das taxas de juros este ano.
Espera-se que a medida geral permaneça amplamente inalterada em 0,3% em uma base mensal, enquanto o valor anualizado é visto em ligeira aceleração para 2,6%, de 2,5% em fevereiro.
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Os dados do chamado “núcleo” do PCE, que excluem itens voláteis, como alimentos e combustíveis, também devem igualar, de modo geral, o ritmo mensal de 0,3% registrado em fevereiro. Em relação ao ano anterior, estima-se que o índice seja de 2,6%, desacelerando em relação à marca anterior de 2,8%.
O arrefecimento da inflação tem sido um princípio central da decisão do Fed de aumentar os custos dos empréstimos para níveis máximos de mais de duas décadas. No início deste ano, os formuladores de políticas foram amplamente cotados para começar a reduzir as taxas em breve, mas as pressões teimosas sobre os preços e a força persistente da economia dos EUA levaram muitos investidores a voltar atrás nessas apostas.
CONFIRA: Cotação das principais commodities
4. Petróleo no caminho certo para uma semana positiva
Os preços do petróleo subiram ligeiramente no comércio europeu na sexta-feira e foram definidos para um final de semana positivo, uma vez que os investidores estavam atentos à possibilidade de suprimentos mais restritos e à persistente agitação geopolítica no Oriente Médio.
No entanto, os ganhos foram tênues, com os mercados no limite antes dos dados de inflação dos EUA no final do dia, que podem oferecer mais pistas sobre a trajetória das taxas de juros.
Os subiram 0,62%, para US$89,56 por barril, enquanto os futuros do petróleo bruto avançaram 0,66%, para US$ 84,12 por barril.
5. Dividendos extraordinários da Petrobras
A estatal de petróleo Petrobras (BVMF:) informou nesta quinta que a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da companhia aprovou a remuneração aos acionistas relativa ao exercício social de 2023, no valor total de R$94,354 bilhões, incluindo um total de R$ 21,95 bilhões em dividendos extraordinários.
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O pagamento ocorre após uma série de divergências com o governo, que enxergou a medida como benéfica diante de problemas em equilibrar as contas públicas. A distribuição de proventos já havia sido sugerida pelo CEO, Jean Paul Prates, o que levou a discussões públicos e descontentamento por parte de ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Às 8h06 (de Brasília), as ADRs da Petrobras (NYSE:) recuavam 1,,94% na pré-abertura, a US$16,72
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