Campos Neto desagrada governo com redução dos juros ‘a conta gotas’; confira a agenda desta quinta (21) – Money Times


Confira a agenda do dia. (Imagem: Marcos Oliveira / Agência Senado)

Não é de hoje que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, tem recebido críticas do atual governo. Se até o final do ano passado as coisas pareciam ter ser ajeitado entre as autoridades, agora a conversa é outra. Depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Economia, Fernando Haddad, chegou a vez de Gleici Hoffmann alfinetar o líder da autarquia.

Nas redes sociais, após a decisão do Copom de reduzir os juros em 0,50 pontos percentuais, a deputada e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) disse que “mais uma vez o BC de Campos Neto puxa o freio da economia”.

Na terça-feira (19), dia que antecedeu a decisão do Copom, Haddad disse também que a autoridade monetária precisa “olhar para as necessidades do país”. Em sua fala, elencou as providências que devem ser tomadas para o desenvolvimento do Brasil e o destaque para o BC não passou despercebido.

Já Lula, disse na semana passada que Campos Neto, a quem se refere como “esse cidadão”, está contribuindo para o atraso econômico do país. Segundo o presidente, a sociedade brasileira tem uma expectativa muito grande e que o presidente da autoridade monetária deveria ser mais “rápido”.

“Não tem nenhuma explicação o juro da taxa Selic estar a 11,25%. Não existe nenhuma explicação econômica, inflacionária. Não existe nada a não ser a teimosia do presidente do Banco Central em manter essa taxa de juros”, afirmou, em entrevista ao SBT.

A decisão de ontem, no entanto, se manteve como o esperado, com uma redução de 0,50 pontos percentuais, a uma taxa Selic de 10,75%, como já estava precificado pelo mercado. Além disso, o Copom aproveitou a ocasião para sinalizar que “anteveem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião”.

Isso significa que o Banco Central deve manter o ritmo de cortes de 0,50 p.p. na reunião marcada para maio. No entanto, os dirigentes devem avaliar em junho se o corte será no mesmo patamar ou se o Copom vai diminuir os reajustes para 0,25 p.p.

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Confira a agenda do presidente Lula desta quinta-feira (21)

Horário Programação Local
10h Cerimônia de Lançamento do Plano Juventude Negra Viva Ginásio Regional de Ceilândia
16h Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Marcio Pochmann Palácio do Planalto
18h Encontro com fruticultores Residência oficial da Granja do Torto

Economia

A agenda está esvaziada após a decisão do Copom por aqui. No Brasil, o único dado que sai nesta quinta-feira (21) é o fluxo cambial estrangeiro.

No entanto, na Europa, diversos indicadores estão programados para hoje. Desde a decisão da taxa de juros no Reino Unido, até os dados de PMI do Setor de Serviços, Composto e Industrial de fevereiro na Zona do Euro.

Confira a agenda econômica desta quinta-feira (21)

Horário País Indicador
05h30 Alemanha PMI do Setor de Serviços, Composto e Industrial (Fevereiro)
05h30 Hong Kong CPI (Fevereiro)
06h00 Zona do Euro Relatório Mensal do BCE
06h00 Zona do Euro PMI do Setor de Serviços, Composto e Industrial (Fevereiro)
06h30 Reino Unido PMI do Setor de Serviços, Composto e Industrial (Fevereiro)
09h00 Reino Unido Decisão da Taxa de Juros (Março)
09h00 Reino Unido Atas da Reunião do MPC
09h30 EUA Pedidos por Seguro-Desemprego (Semanal)
10h45 EUA PMI do Setor de Serviços, Composto e Industrial (Fevereiro)
11h00 EUA Vendas de Casas Usadas (Fevereiro)
14h30 Brasil Fluxo Cambial Estrangeiro
16h00 Argentina Vendas no Varejo
20h30 Japão CPI (Fevereiro)





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